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Evento internacional sobre inventários florestais nacionais reúne países da América Latina

Publicado: Sexta, 28 de Julho de 2017, 11h44 | Última atualização em Sexta, 28 de Julho de 2017, 11h44

Evento internacional sobre inventários florestais nacionais reúne países da América Latina

 

Encontro proporcionou a troca de experiências e harmonização de metodologias dos Inventários Florestais Nacionais pelos países que abrigam a Amazônia e outros países da região

 

De 25 a 27 de julho, Manaus sediou a “Reunião para o Intercâmbio de Experiências sobre os Inventários Florestais na América Latina e Caribe: Primeiro passo com os países amazônicos”. O evento reuniu representantes do Brasil, Equador, Suriname, Bolívia e Venezuela, que abrigam a Floresta Amazônica. Também participaram representantes do México, Honduras, Guatemala, Costa Rica e Panamá.

A reunião foi promovida pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (Catie), sediado na Costa Rica.

Além de compartilhar experiências, o encontro representou o primeiro passo para a criação de uma rede latino-americana de Inventários Florestais Nacionais (IFNs) com o objetivo de compatibilizar metodologias e permitir a comparação dos dados. A Europa já conta com uma rede de IFNs que tem buscado mecanismos para comparar os resultados por meio da harmonização das principais variáveis.

Os inventários florestais nacionais são uma importante ferramenta na gestão dos recursos florestais dos países. Também tem crescido a sua importância no contexto das agendas internacionais, como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB).

Segundo a FAO, a estimativa é que 97 países ao redor do mundo realizem inventários florestais, sendo cerca de 60 deles em regiões de florestas tropicais. Na América do Sul, a maioria dos países estão na fase de implementação de seus IFNs e a expectativa é que os demais deem início em breve.

Dos países amazônicos, Brasil, Peru, Equador, Colômbia e Suriname já implantaram os seus levantamentos. A iniciativa brasileira, coordenada pelo Serviço Florestal, já realizou a coleta de dados em 14 estados, cobrindo uma área de aproximadamente 150 milhões de hectares inventariados. E o levantamento nos demais estados está em andamento.

“Essa cooperação entre países da América Latina será uma oportunidade para reduzirmos as barreiras relativas à medição e ao monitoramento de nossas florestas, adoção de novas tecnologias e harmonização de critérios que permitam a comparação dos resultados”, explica o diretor de Pesquisa e Informação Florestal do SFB, Joberto de Freitas.

Além dos representantes dos inventários florestais dos países amazônicos e América Latina, a reunião teve a participação do diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará Filho, da assessora regional da FAO em Inventários Florestais e REDD+, Carla Ramírez, do oficial de Florestas da FAO no Panamá, David Morales, do especialista em Mudanças Climáticas e Gestão de Paisagem da Catie, Mario Chacón, e do coordenador regional do Projeto de Monitoramento do Desmatamento, Uso Florestal e Mudanças no Uso do Solo na Floresta Panamazônica, Carlos Salinas, da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e do chefe do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Nabor Pio.

 

Novas diretrizes da FAO

Durante o evento, a FAO lançou as novas diretrizes voluntárias sobre o monitoramento florestal nacional. A publicação oferece princípios de boas práticas e um marco geral, assim como ferramentas para planejar e implementar medidas de monitoramento florestal nacional de uso múltiplo. O documento foi elaborado com base nas experiências dos países membros da FAO, em projetos e iniciativas nacionais de monitoramento florestal, em reuniões técnicas e em contribuições de parceiros institucionais e partes interessadas.

"As novas diretrizes são uma referência técnica para os organismos governamentais responsáveis pelo monitoramento, as instituições de educação e pesquisa, os setores público e privado e os membros da sociedade civil interessados no tema", explica David Morales, oficial Florestal da FAO.

 

Fonte: Serviço Florestal Brasileiro

 

 

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