Declaração de florestas: conheça a posição do Brasil
A “Declaração de Nova Iorque sobre Florestas” não é um acordo oficial da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). A declaração, que não é vinculante, foi elaborada sem negociação, desviando foco das verdadeiras metas que devem ser objeto de um acordo global, conforme esclarecido pela ministra Izabella Teixeira. Além disso, a declaração não menciona a necessidade de metas objetivas de financiamento da redução do desmatamento, seja por meio do Fundo Verde para o Clima (GCF), do instrumento de financiamento de REDD+, de cooperação internacional ou de qualquer outra forma. O Brasil reduziu em quase 80% a área anual desmatada na Amazônia entre 2004 e 2013, tornando-se referência global no tema. Além disso, entre 2006 e 2010, reduziu as emissões derivadas do desmatamento em 2.970 MtCO2, resultado que tende a se mostrar ainda mais expressivo no próximo inventário. O País cumpre, portanto, com compromissos objetivos de redução do desmatamento, assumidos voluntariamente na Política Nacional sobre Mudanças do Clima. Dos 130 países que participaram do encontro internacional, 102 não assinaram a declaração. O Brasil tem a maior reserva florestal do planeta e defende a concretização, em 2015,de um acordo verdadeiramente global, obrigatório, com metas objetivas de redução de emissões de gás de efeito estufa e compromisso de proteção das florestas.
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