Ministro defende pacto contra desmatamento
PAULENIR CONSTÂNCIO
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse, nessa quinta-feira (06/10), que é preciso avançar no combate ao desmatamento ilegal na Amazônia. “Não podemos achar normal que as taxas anuais de desmatamento permaneçam nos patamares atuais. O nível de 5 a 6 mil km² anuais de desmate é inaceitável”, afirmou.
Para Sarney Filho, chegou o momento de corrigir o curso da política de combate ao desmatamento. Ele defendeu que os próximos passos sejam voltados para a criação de instrumentos econômicos que ofereçam alternativas dignas de vida e trabalho aos milhões de pessoas que vivem na floresta.
Em seu pronunciamento no último dia do Seminário Técnico Científico de Análise dos Dados do Desmatamento na Amazônia Legal, que foi realizado em Brasília, o ministro reafirmou que “o melhor caminho para zerar o desmatamento ilegal no País é o desenvolvimento com promoção de melhor qualidade de vida para a população”.
Para ele, mesmo enfrentando dificuldades o Brasil vai cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Paris. No documento, ratificado pelo Congresso e já encaminhado às Nações Unidas, o governo brasileiro assume o compromisso de reduzir a área desmatada na Amazônia a 3,9 mil km².
MUDANÇAS
O ministro disse, ainda, que todos os setores da sociedade são chamados a contribuir com o alcance da meta. Para ele, a complexidade do combate ao desmatamento exige mudanças no modelo de produção e consumo, na ocupação e no uso da terra.
“O caminho do desenvolvimento sustentável da Amazônia” de acordo com Sarney Filho, terá que reunir diferentes áreas do governo, estados e municípios, sociedade civil e academia, indústria e agropecuária. Ele ressaltou o papel dos organismos internacionais e das instituições de fomento dentro e fora do país.
EM ALTA
Durante o evento, Sarney Filho citou resultado de pesquisa CNI/Ibope, onde a condução da política ambiental pelo Ministério do Meio Ambiente ocupa lugar de destaque. “Tivemos os melhores índices de aprovação por parte da população”, comemorou. Para ele, isso mostra que “mesmo com todas as dificuldades, estamos caminhando, de forma inequívoca, na boa direção”.
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