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O que é REDD+

Mudança do Clima e Florestas

Publicado em Terça, 05 de Julho de 2016, 00h00 | Voltar à página anterior

As florestas e os ecossistemas naturais armazenam grandes quantidades de carbono, tanto na estrutura da vegetação quanto no solo, portanto desempenham papel importante para o regime climático global como estoques de carbono. Ao desmatar-se uma floresta, a maioria do carbono estocado é emitido para a atmosfera em forma de gás carbônico (CO2). O desmatamento e as queimadas emitem grandes quantidades de gases causadores do efeito estufa e interferem de várias formas na dinâmica do clima.
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Além de causar o efeito estufa, o desmatamento tem grande impacto sobre os fluxos e disponibilidade de água e sobre a biodiversidade local. Grande parte da água disponível na atmosfera é fornecida pela vegetação, através do processo de evapotranspiração, que acontece principalmente nas folhas. A fumaça emitida por uma queimada também compromete a formação de nuvens e chuva, podendo afetar o fluxo das chuvas em lugares distantes. As florestas também prestam o importante serviço de abastecimento e manutenção dos lençóis freáticos e, consequentemente, a disponibilidade de água nos cursos d’água superficiais e subterrâneos é afetada pelo desmatamento. Com a diminuição dos níveis de umidade, as florestas se tornam ainda mais suscetíveis a novas queimadas, fechando assim um ciclo vicioso cada vez mais severo de degradação do meio ambiente e mudanças no clima.   Desmatamento, emissões brasileiras e compromissos nacionais O Brasil tem a maior floresta contínua do mundo. As florestas brasileiras desempenham, por meio da oferta de uma variedade de bens e serviços, importantes funções sociais, econômicas e ambientais. Segundo o Serviço Florestal, cerca de 61% do território nacional é coberto por vegetação nativa, distribuídas por biomas com características particulares.  O desmatamento e as queimadas representaram pouco mais de um quarto das emissões brasileiras de CO2 em 2010. Segundo a Terceira Comunicação Nacional à Convenção do Clima, cerca de 27,5% das emissões brasileiras de CO2 equivalentes foram ocasionadas pelo Uso da Terra, Mudança de Uso da Terra e Florestas (LULUCF). Este setor, que já foi o principar emissor, agora figura como o terceiro no perfil de emissões do Brasil, atrás de Agropecuária (42%) e Energia (29%). No âmbito da Política Nacional de Mudança do Clima, em 2009, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir a taxa de desmatamento da Amazônia em 80% e, no Cerrado, em 40% até 2020. A contribuição nacionalmente determinada do Brasil à Convenção pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005 em 2025 e em 43% abaixo dos níveis de 2005 em 2030. Como parte desse compromisso, o Brasil deve fortalecer o cumprimento do Código Florestal, em âmbito federal, estadual e municipal; fortalecer políticas e medidas com vistas a alcançar, na Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030 e a compensação das emissões de gases de efeito de estufa provenientes da supressão legal da vegetação até 2030; restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, para múltiplos usos; ampliar a escala de sistemas de manejo sustentável de florestas nativas, por meio de sistemas de georreferenciamento e rastreabilidade aplicáveis ao manejo de florestas nativas, com vistas a desestimular práticas ilegais e insustentáveis. A Estratégia Nacional para REDD+ é instrumento chave para o alcance dos compromissos do Brasil perante à UNFCCC.
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