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Políticas ambientais relativas a REDD+

Redução da Degradação Florestal

Publicado em Terça, 05 de Julho de 2016, 00h00 | Voltar à página anterior

Degradação e REDD+ A redução da degradação é outra atividade passível de financiamento por meio da arquitetura internacional de REDD+. Sua detecção e redução, no entanto, demandam capacidades técnicas e operacionais ainda mais refinadas do que as de combate ao corte raso. O Brasil está desenvolvendo essas capacidades para que, futuramente, possa apresentar resultados mensuráveis, reportáveis e verificáveis de redução da degradação.
O processo de degradação O desmatamento é um processo que se inicia com a floresta intacta e termina com a conversão completa da floresta original em outras coberturas. O primeiro passo é a retirada das madeiras mais nobres, e depois as madeiras para a construção civil e, por fim, são colhidas as árvores de madeiras leves remanescentes, para a produção de compensados e placas. Esse processo pode levar alguns anos, pois geralmente essas explorações da floresta são feitas por empreendimentos diferentes, cada um especializado em uma fase.
Depois, as árvores de menor porte são derrubadas e toda a vegetação rasteira é destruída. Sobram poucas árvores, que dificultam a detecção do desmatamento. É prática comum a semeadura de capim nestas áreas degradadas. Com isto, a pecuária pode se desenvolver na área de floresta, enquanto ela ainda não desapareceu.
Processo de Degradação Foto.jpg
Fonte: INPE
O capim e a cobertura florestal remanescente são queimados posteriormente, provocando uma segunda limpeza da área. Com a recorrência do fogo, sobram vivas apenas cerca de 10% a 20% das árvores que compõem o dossel e grande quantidade de árvores mortas em pé. O capim rebrota novamente poucos dias após a queima, o que permite que mais uma vez o gado seja colocado para pastar na área degradada. Queimadas subseqüentes destroem completamente o que restou da floresta inicial e permitem novas rebrotas de capim. Como consequência adicional, o processo aumenta a vulnerabilidade a novas queimas, já que o capim é o combustível leve que geralmente inicia eventos de fogo. 
Monitoramento da degradação no Brasil Em 2008, o INPE desenvolveu o DEGRAD para rastrear o crescimento da degradação florestal da Amazônia verificada a partir dos dados do DETER. Trata-se de um sistema destinado a mapear áreas em processo de desmatamento, onde a cobertura florestal ainda não foi totalmente removida. O objetivo deste sistema é mapear em detalhe áreas de floresta com tendência a ser convertida a corte raso. Estas áreas não são computadas pelo PRODES. O processo consiste em preparar as imagens de satélite, aplicando realces de contraste de modo a destacar as evidências da degradação. As áreas degradadas são então mapeadas individualmente.
Detectar as alterações entre os extremos do gradiente é o desafio de mapeamentos como os do DETER, DEGRAD e PRODES. Essas alterações podem não ser evidentes, especialmente se estiverem em estágios iniciais, quando o dossel da floresta ainda não está muito alterado e quando o sinal de solo exposto é ainda pequeno. Devido à resolução espacial das imagens de satélites, é difícil indicar a existência de degradação antes que o corte seja da ordem de 50% do dossel. Em complemento a tais sistemas, o INPE se utiliza da tecnologia de sensoriamento remoto para monitorar diariamente a ocorrência de fogo em todo o território nacional. O programa Monitoramento de Queimadas possui a aplicação principal no monitoramento da ocorrência de incêndios, fornecendo às instituições de proteção ambiental informações diárias sobre focos de incêndio - por meio de relatórios, gráficos e estatísticas de focos de incêndio.

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