Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Amazônia: degradação em queda

Publicado: Sexta, 23 de Setembro de 2016, 17h59 | Última atualização em Segunda, 11 de Novembro de 2019, 16h53

 

Áreas devastadas por ação do homem diminuíram de agosto de 2012 a abril deste ano, mantendo a tendência de queda Ações coordenadas entre Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e órgãos estaduais e municipais de fiscalização, realizadas anualmente, estão acelerando a redução das taxas de desmatamento nos estados que integram a região Amazônica. Especialistas do MMA e do Ibama defenderam, em audiência pública realizada na tarde dasta terça-feira (07/05), na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, a necessidade de se melhorar a produtividade e dar apoio aos produtores da região como forma de reduzir o desmatamento. De acordo com dados apresentados pelo diretor de Políticas e Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco Oliveira, o problema, hoje, concentra-se, em especial, em 46 municípios amazônicos, classificados como prioritários por ainda apresentarem elevados índices de degradação. “Verificamos que o problema ocorre, principalmente, nas áreas não inscritas no Cadastro Ambiental Rural (CAR)”, afirmou.

SATÉLITE
As ações definidas no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), adotado a partir de 2004, permitem ao pessoal especializado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) monitorar com efetividade os 5 milhões de quilômetros quadrados da região e enviar os dados ao Ibama a cada dois dias. As informações de satélite mostram as áreas degradadas e as regiões atingidas por queimadas para que o Ibama possa executar, com precisão, as ações de fiscalização, priorizando as áreas críticas, esclareceu o coordenador do Programa Amazônia do Instituto, Dalton de Morrison Valeriano. Para o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano de Meneses Evaristo, o combate à degradação é realizado a partir dos dados recebidos do Inpe mostrando os polígonos georreferenciados que indicam os locais onde pode estar ocorrendo desmatamento. Segundo Evaristo, o sucesso das operações deve-se à deflagração de diligências imediatas envolvendo 206 equipes de fiscais do Ibama e 55 equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com apoio de 31 equipes de policiais militares, 58 da Força Nacional de Segurança e 11 Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (Oema). Entre agosto de 2012 e abril de 2013, os fiscais do Ibama emitiram 3.547 autos de infração, representando R$ 1,5 bilhão em multas e abrangendo mais de 213,8 mil hectares de terras embargadas. “Nosso foco é proteger a floresta em pé, significando que não fiscalizamos serrarias nem caminhões em estradas”, disse Evaristo.

 

Luciene de Assis

 

 

Fim do conteúdo da página