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REDD+ Day e novas submissões são destaque na COP20

Publicado: Sexta, 23 de Setembro de 2016, 18h26 | Última atualização em Sexta, 23 de Setembro de 2016, 18h26

Nesta segunda-feira, 08/12, aconteceu o "REDD+ Day" na COP20. O Brasil aproveitou a oportunidade para celebrar a apresentação, por México, Colômbia, Indonésia e Malásia, dos seus níveis de referência de emissões florestais (FREL). O Brasil foi o primeiro país a apresentar um FREL em junho de 2014. "Estamos muito felizes por ver outros países comprometidos com a implementação do Marco de Varsóvia para REDD+, encaminhando seus níveis de referência para pagamentos de REDD+” declarou Adriano Santhiago de Oliveira, Diretor do Departamento de Mudança do Ministério do Meio Ambiente, na abertura do "REDD+ Day".
REDD + Day

O Dia do REDD+ na COP20 foi uma oportunidade para se discutir a situação das florestas e a sua relação com as mudanças climáticas e para sensibilizar o público sobre o tema. O evento serviu como espaço privilegiado para se discutir REDD+ nos países latino-americanos.
Leia na íntegra o discurso de Adriano Santhiago de Oliveira, Diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente durante o  Dia do REDD+

Obrigado pela oportunidade e pelo convite para que o Brasil fizesse parte deste importante evento. Estamos muito felizes por ver outros países comprometidos com a implementação do Marco de Varsóvia para REDD+, encaminhando os seus níveis de referência para os pagamentos de REDD+. Após 8 anos de intensas negociações, os países em desenvolvimento podem finalmente concentrar-se na importante tarefa de contribuir com suas florestas para a mitigação das mudanças climáticas, com o apoio financeiro e técnico que é tão importante para ajudá-los no alcance desses resultados. O Brasil, que participou das negociações desse Marco com empenho, deseja agora focar na sua implementação. Reduzir o desmatamento e promover o desenvolvimento local sustentável no bioma Amazônico tem sido prioridades do governo brasileiro ao longo dos últimos 10 anos. Como resultado das políticas e iniciativas nacionais implementadas no nível do bioma, os últimos quatro anos têm registado as mais baixas taxas de desmatamento desde que o INPE começou monitorar sistematicamente o bioma Amazônico, em 1988. O reconhecimento por parte da comunidade internacional desses resultados tornou-se possível graças ao Marco de Varsóvia para REDD+ no âmbito da UNFCCC. O Brasil deu o primeiro passo para a implementação do Marco de Varsóvia para REDD+ em junho deste ano, em Bonn, com a apresentação do nível de referência de emissões florestais para a redução do desmatamento no bioma amazônico. Desde então, o nível de referência brasileiro passou por uma rigorosa avaliação por especialistas indicados pela UNFCCC, ficamos felizes por informar que a avaliação técnica foi concluída no final do mês passado. A participação de todos os envolvidos no processo de avaliação proporcionou um documento mais claro e nos ajudou a identificar um caminho para o futuro. Com o nosso nível de referência de emissões florestais para o bioma amazônico avaliado, encaminharemos em breve nosso Anexo Técnico com os resultados de REDD+, para verificação por parte da UNFCCC e os consequentes pagamentos pelos resultados obtidos. O sumário brasileiro de informações sobre as salvaguardas está passando por um processo de consultas públicas e será, em breve, traduzido para encaminhamento à UNFCCC. Estamos investindo recursos consideráveis para criar um sistema de informação para as salvaguardas, com a participação das partes interessadas em escala nacional. É muito interessante observarmos hoje a diversidade das abordagens selecionadas por cada país para a formulação dos níveis de referência para pagamentos de REDD+, levando em conta as circunstâncias nacionais. Desejamos dar continuidade ao processo colaborativo que envolve os demais países implementadores REDD+, por meio da cooperação sul-sul. Também ficamos felizes ao ver que o Fundo Verde para o Clima tem avançado com a aprovação do modelo lógico para o financiamento de REDD+ e com os compromissos assumidos até aqui para que o Fundo possa funcionar. Esperamos que o Fundo Verde para o Clima possa, muito em breve, executar o seu papel fundamental para o financiamento de REDD+. Parabéns a todos os países que encaminharam suas propostas, esperamos ter ainda mais países apresentando suas informações de REDD+ e ter mais países e instituições financeiras realizando os pagamentos. Parabéns à presidência do Peru por sediar este evento e por lançar o Lima Information Hub que dará mais transparência às informações de REDD+ apresentadas pelos países. É chegada a hora de, finalmente, implementar o REDD+!

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